Remuneração variável: o que é e tudo que você precisa saber para implementar e calcular

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A remuneração variável é um processo de bonificação e valorização profissional muito utilizado por diversas organizações. Por trazer muitos benefícios tanto para a empresa, quanto para o colaborador, esse modelo de pagamento tem ganhado muita relevância no mercado.

Mas você sabe exatamente o que é Remuneração Variável? Sabe como aplicar esse processo na sua empresa? Conhece os principais erros? 

A Remuneração Variável surgiu no começo do século XX, quando as fábricas davam prêmios por produtividade ou realizavam o pagamento por peça. Esse pagamento por peça era realizado nas linhas de montagem, ainda do modelo fordista de produção.

No entanto, o mundo mudou e a lógica de mercado também. Para saber mais sobre e utilizá-la para alcançar os objetivos estratégicos da sua organização, continue a leitura e aproveite!

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O que é remuneração variável?

A remuneração variável é uma forma de recompensa usada para complementar a remuneração fixa, sendo que, na maioria dos casos, ela está relacionada à performance individual de cada colaborador, embora possa ser aplicada também de forma proporcional a todo o time.

Antigamente, a remuneração variável era um assunto que dizia respeito ao financeiro da empresa e, hoje, ela está vinculada ao setor de Recursos Humanos. Isso justamente pela sua mudança de propósito.

Até então, o objetivo era extrair o máximo de uma força de trabalho pouco qualificada. Por outro lado, atualmente é uma prática que ajuda a manter as empresas competitivas no mercado, por meio da retenção de talentos e motivação dos colaboradores. 

Remuneração vs. Salário

Apesar de serem muito utilizados como sinônimos, Remuneração e Salário não são a mesma coisa. O salário é um valor fixo, firmado pelo contrato de trabalho. Enquanto a Remuneração é a quantia do salário somado com todos os benefícios como vale alimentação, vale transporte, comissão, horas extras, etc. 

Nesse contexto, a RV é a remuneração mais a recompensa pelo desempenho individual do colaborador. 

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O que a CLT diz sobre remuneração variável?

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regula diversos aspectos da relação entre empregadores e empregados no Brasil, incluindo a questão da remuneração variável. A remuneração variável é um componente adicional ao salário fixo do trabalhador, podendo incluir comissões, prêmios, bônus e participação nos lucros ou resultados (PLR). Esses elementos visam incentivar o desempenho e recompensar o alcance de metas e objetivos específicos.

De acordo com a CLT, a remuneração variável é considerada parte integrante do salário, e por isso deve seguir algumas diretrizes básicas:

• Comissões: o artigo 457, parágrafo 1º, da CLT, estabelece que as comissões são parte do salário. Elas devem ser pagas de acordo com as vendas ou serviços prestados pelo empregado. O valor das comissões deve ser claramente definido e acordado entre empregado e empregador, geralmente através de contrato ou acordo coletivo.
• Prêmios e bônus: prêmios são valores pagos ao empregado como forma de reconhecimento por desempenho excepcional ou pelo alcance de metas específicas. Conforme o artigo 457, parágrafo 2º, da CLT, os prêmios e bônus devem ser previamente acordados e devem ter critérios claros e objetivos para sua concessão.
• Participação nos Lucros ou Resultados (PLR): a PLR é regulamentada pela Lei 10.101/2000, que estabelece que as empresas podem distribuir parte dos seus lucros ou resultados aos empregados. Para que a PLR seja válida, deve haver um acordo ou convenção coletiva que defina os critérios e condições para o pagamento.

Quais os benefícios da remuneração variável?

O principal benefício da remuneração variável se baseia na teoria psicológica da expectativa; ela diz que as pessoas tendem a se motivar pelos resultados futuros de suas ações. Ou seja, se a RV for baseada no desempenho individual, o profissional se sentirá motivado pela possibilidade de ganho e vai se esforçar para atingir suas metas.

Ou seja, se a RV for baseada no desempenho individual, o profissional se sentirá motivado pela possibilidade de ganho e, consequentemente, vai se esforçar mais para atingir melhores resultados. 

Além disso, empresas que implantam a Remuneração Variável conseguem se fortalecer como Employer Branding no mercado, além de terem um turnover bem menor quando comparado a empresas que não aplicam a RV.

Isso porque cada vez mais a valorização do trabalho gera funcionários felizes e satisfeitos, fazendo com que eles queiram continuar trabalhando na sua organização.

Preparamos um vídeo que explica tudo sobre RV. Veja agora:

Quais os principais tipos de remuneração variável?

Dentre os principais tipos de remuneração variável estão: recompensa com experiências, comissão, PPR, PPL e bônus. Cada uma delas tem as suas próprias características e, logo abaixo, vamos falar um pouco mais sobre esses principais tipos.

1- Recompensa com experiências 

Se você quer adotar a remuneração variável, mas ainda tem receios a respeito de cálculos e compliance, essa é a opção correta para sua empresa. Aqui, você pode oferecer: ingressos, jantares, viagens, dentre outros, recompensando o profissional por seu desempenho.

2- Comissão 

Provavelmente, uma das RVs mais adotadas no mercado de trabalho é a comissão. Na maior parte das vezes, ela é usada em equipes que trabalham com vendas, sendo que o colaborador ganha uma porcentagem em cima do valor de cada contrato fechado em um determinado período. 

3- PPR

A sigla PPR significa programa de participação nos resultados. Nesse caso, a ideia é remunerar o colaborador quando ele atinge metas e objetivos previamente definidos. Apesar de ter nomenclatura parecida com a PPL, que veremos a seguir, são programas diferentes e você deve se atentar a isso. 

4- PPL

Por sua vez, PPL significa programa de participação nos lucros. O nome já explica um pouco si só; a ideia é que uma parte dos lucros seja distribuída entre os funcionários. Essa modalidade é um pouco mais arriscada, uma vez que não depende somente da meritocracia do profissional, mas também de fatores externos.

5- Bônus

Possivelmente, essa é a remuneração variável que mais faz brilhar os olhos dos colaboradores. No entanto, é muito importante entender: o bônus não faz parte da remuneração do colaborador. Ele, na verdade, é uma variação no salário. A propósito, é totalmente personalizável pela empresa, podendo ser alterado a qualquer momento. 

Qual a diferença entre as modalidades de Remuneração Variável?

Sabemos que são muitas informações sobre a RV para absorver de uma só vez. Por isso, criamos esse quadro comparativo das principais modalidades de Remuneração Variável para que você possa entender completamente cada uma delas:

Existe regulamentação para aplicação da Remuneração variável?

Sim, existe a regulamentação trabalhista para a aplicação da remuneração variável. Por falar nisso, a RV está prevista no artigo 7 da Constituição Brasileira, enquanto a Participação nos Lucros e Resultados possui regulamentação própria, de acordo com a Lei 10.101 de 2000.

De modo geral, a remuneração variável em si não apresenta nenhuma exigência específica, além da declaração de todos os valores na folha de pagamento. Por outro lado, a PLR (junção da sigla PPR e PPL) possui algumas especificidades. 

Dessa forma, as empresas que quiserem aderir ao Programa de Participação nos Lucros e Resultados devem criar uma comissão paritária que irá definir as regras de aplicação da modalidade na empresa. Todos os colaboradores devem ser representantes da empresa, além de contarem com um representante sindical. 

Além disso, devem ser realizados no máximo dois pagamentos por ano, com intervalo de no mínimo 3 meses entre eles. Por não ser de natureza salarial, não será tributado por parte da empresa. No entanto, o funcionário deve declarar em seu IRPF. 

Por fim, existem algumas regras de elegibilidade para este programa no que diz respeito à seleção dos colaboradores contemplados. Eles são: 

• Estar ativo no quadro de colaboradores na data do fim da apuração; 
• Aplicar o princípio da proporcionalidade em casos de admissão e demissão;
• Não estar de licença ou afastado por um tempo maior que 6 meses.

Passo a passo para implantar um sistema de Remuneração Variável

Implementar um sistema de remuneração variável pode ser uma excelente maneira de motivar os funcionários e alinhar seus esforços com os objetivos da empresa. A seguir, apresento um passo a passo para te ajudar na criação e implementação eficaz desse sistema.

1. Defina os objetivos da remuneração variável

Antes de implementar um sistema de remuneração variável, é fundamental entender claramente os objetivos que se deseja alcançar. Isso pode incluir:

• Aumentar a produtividade;
• Melhorar a qualidade dos produtos ou serviços;
• Incentivar a inovação;
• Alinhar os esforços dos funcionários com as metas da empresa.

Dica: Certifique-se de que os objetivos são específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART).

2. Identifique os indicadores de desempenho

Determine quais indicadores de desempenho (KPIs) serão utilizados para medir o sucesso dos funcionários. Esses indicadores devem estar diretamente relacionados aos objetivos da empresa e devem ser facilmente mensuráveis.

Exemplos de KPIs:

• Vendas mensais;
• Taxa de satisfação do cliente;
• Taxa de defeitos ou erros;
• Tempo de entrega de projetos.

3. Escolha os tipos de remuneração variável

Decida quais formas de remuneração variável serão implementadas. As opções comuns incluem:

• Comissões;
• Prêmios;
• Bônus por desempenho;
• Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).

Dica: considere a cultura da empresa e o que mais motiva seus funcionários ao escolher os tipos de remuneração.

4. Estabeleça critérios claros e transparentes

Desenvolva critérios claros e objetivos para a concessão da remuneração variável. Certifique-se de que todos os funcionários entendam como o sistema funciona e o que precisam fazer para alcançar os incentivos.

Exemplo de critérios:

• Vendas acima de R$100.000 mensais garantem uma comissão de 5%;
• Redução de defeitos em 10% em três meses garante um bônus de R$1.000.

5. Envolva os colaboradores no processo

Envolver os funcionários na criação do sistema de remuneração variável pode aumentar a aceitação e o comprometimento. Realize reuniões, workshops e colete feedback para garantir que o sistema seja justo e motivador para todos.

Dica: utilize questionários e pesquisas para entender o que motiva seus funcionários e o que eles consideram justo.

6. Desenvolva um plano de comunicação

Crie um plano de comunicação para garantir que todos os funcionários estejam cientes do novo sistema de remuneração variável. Utilize diferentes canais de comunicação, como reuniões presenciais, e-mails e intranets, para divulgar as informações.

Dica: prepare materiais explicativos e organize sessões de perguntas e respostas para esclarecer quaisquer dúvidas.

7. Implante um sistema de monitoramento e avaliação

Implemente ferramentas para monitorar e avaliar o desempenho dos funcionários em relação aos KPIs definidos. Isso pode incluir softwares de gestão de desempenho ou sistemas integrados de Business Intelligence (BI).

Exemplo: Utilize o STRATWs One para acompanhar os indicadores de desempenho e o progresso das metas, além de facilitar a análise de causa raiz e a criação de planos de ação.

8. Realize treinamentos

Ofereça treinamentos para garantir que todos os funcionários entendam como o sistema de remuneração variável funciona e como eles podem maximizar seus ganhos.

Dica: Treine também os gestores para que possam acompanhar e apoiar suas equipes de forma eficaz.

9. Monitore e ajuste o sistema

Após a implementação, monitore continuamente o sistema de remuneração variável para garantir que ele esteja funcionando conforme o esperado. Esteja aberto a feedbacks e faça ajustes necessários para melhorar sua eficácia.

Dica: Realize revisões periódicas do sistema e ajuste os critérios de acordo com as mudanças nos objetivos da empresa e no mercado.

10. Reconheça e celebre os sucessos

Reconheça publicamente os funcionários que alcançam ou superam suas metas. Celebrar os sucessos reforça comportamentos positivos e motiva outros a se esforçarem.

Dica: Organize eventos de reconhecimento e premiação para celebrar os resultados alcançados.

Como fazer o cálculo da remuneração variável?

O método mais prático é contar com a ajuda de uma planilha de remuneração variável ou, se sua empresa tiver muitos funcionários contando com a RV, o mais adequado é ter um software especializado nisso. 

Caso ainda não conte com uma solução tecnológica, veja como fazer o cálculo da remuneração variável nas principais modalidades que apresentamos acima. 

• Bônus: o valor é arbitrário e predefinido pela própria organização. Importante lembrar que ele está sujeito a encargos, tanto por parte da empresa, quanto do funcionário. 
• PPR: a participação nos resultados deve ser calculada de acordo com a performance do profissional. Se o funcionário atingir 100% de suas metas em um período, ele deverá ganhar o máximo da PPR (valor também predefinido pela empresa). 
• PPL: a participação nos lucros deve contemplar todos os funcionários. No entanto, ele pode ter pesos. Ou seja, colaboradores de cargos mais altos podem ter um PPL com peso maior e receber mais por seu trabalho. 

Para evitar os erros mais comuns durante o cálculo de Remuneração Variável, aproveite e baixe agora mesmo o nosso material para te ajudar.

O que não fazer em um programa de remuneração variável?

A implantação da Remuneração Variável nas empresas nem sempre é um processo bem-sucedido. Normalmente, as empresas caem em erros tolos e acabam desviando o foco do programa. Por isso, separamos aqui as principais práticas para NÃO realizar na RV: 

• Excessividade de foco na parte financeira: o maior erros das empresas na implantação da RV é dar muita atenção às regras e esquecer dos verdadeiros objetivos. Caso você esqueça do porquê você implantou o programa, ele nunca vai gerar os resultados esperados, prejudicando consideravelmente o ROI do projeto. 
• Sobrecarregar os colaboradores: não adianta implantar o processo de RV e definir muitas metas para um colaborador cumprir em um período de tempo curto. Além de gerar desmotivação, ele vai começar a encarar a empresa com olhar desonesto, tornando-o insatisfeito com seu trabalho. 
• Falta de comunicação: sabemos que o mercado muda o tempo todo. Logo, é normal que os objetivos da empresa mudem com uma certa frequência. Assim, é essencial que todos os colaboradores estejam cientes dessas mudanças, além de adaptar a remuneração variável aos novos objetivos. 
• Colocar muita pressão: esse é um erro muito cometido pelas empresas que implantam a RV visando melhorar a performance corporativa. Não adianta definir metas e ficar cobrando dos colaboradores de maneira insistente e pesada. Isso só vai fazer com que eles se sintam mais desmotivados, fazendo com que o projeto tenha efeito totalmente contrário ao pretendido. 

Por fim, a dica mais importante é definir metas de maneira estratégica e inteligente, visando tanto o crescimento da empresa quanto a motivação dos colaboradores. Por isso, recomendamos que você utilize o método SMART no momento da estruturação de metas. 

Veja como traçar metas e objetivos para seus colaboradores:

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A tecnologia e a remuneração variável

Um sistema de remuneração variável oferece cálculos e customizações de fórmulas que ajudam a calcular as bonificações, bastando apenas inserir os indicadores visuais de gatilhos para condicionar o pagamento de bônus.

Dessa forma, com um sistema de avaliação de desempenho individual, você acompanha os indicadores de cada colaborador, alinhando as metas individuais com as da equipe.

E uma das alternativas do mercado é o STRATWs One. Ele se adapta ao seu sistema de remuneração variável, com cálculos prontos e customização de fórmulas matemáticas.

Dentro do sistema, cada funcionário pode ter seu painel de desempenho, confrontando os resultados alcançados com as metas preestabelecidas. 

Esses painéis individuais podem ser utilizados na implementação de um sistema robusto para cálculo da remuneração variável, tomando como base o alcance das metas definidas nos indicadores e objetivos.

Sabendo da importância de garantir transparência e governança nas notas relativas à remuneração variável, a Siteware criou um processo de apuração desses resultados. Isso significa que o sistema tira uma fotografia com base nos resultados e metas presentes em um determinado momento.

Essa apuração é encaminhada para a área responsável pelo pagamento da remuneração variável, ao passo que as fotografias ficam armazenadas como forma de evidenciar a pontuação de cada indicador ou objetivo presente no painel no momento em que foi feita a apuração e podem ser consultadas em caso de dúvida ou questionamento.

Se você quer motivar seus colaboradores e melhorar sua gestão de resultados com um software completo, conheça o STRATWs One e faça seu pedido de demonstração!