Não é de hoje que as taxas de turnover têm se tornado uma preocupação crescente para as organizações. Os principais motivos de demissão variam de empresa para empresa, no entanto é possível encontrar um padrão nesse comportamento. Dados recentes de uma pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) reforçam essas principais causas.
Questões como a busca por um novo emprego, insatisfação salarial e falta de reconhecimento são os principais motivadores para os pedidos de demissão. Por isso, fica claro que as empresas enfrentam um desafio crucial: como manter seus talentos?
Em uma época em que as gerações mais novas buscam se conectar com as empresas que trabalham e as gerações mais tradicionais buscam estabilidade, por onde o RH deve começar?
A seguir, te explico mais sobre esses principais motivos de demissão e como a empresa pode e deve agir em cima desse cenário. Continue aqui que eu te explico.
Entenda mais sobre cada um dos 10 principais motivos:
Na pesquisa, 36,5% dos colaboradores entrevistados (a maioria) que revelaram os motivos de demissão já tinham outro emprego em vista indica uma dinâmica de mercado em que os profissionais estão cada vez mais atentos a novas oportunidades, muitas vezes motivados pela busca por um ambiente de trabalho mais alinhado aos seus valores e expectativas.
Essa tendência é especialmente notável entre as gerações mais novas, como os Millennials e a Geração Z, que demonstram maior insatisfação quando não se conectam com os pilares e a cultura da empresa.
Para essas gerações, a identificação com os propósitos da organização, a clareza de oportunidades de crescimento e a sensação de pertencimento são fatores determinantes. Quando esses elementos não estão presentes, a busca por empresas que ofereçam uma visão de mundo semelhante à sua se torna quase imediata.
Outro cenário que contribui para essa movimentação é a crescente valorização do desenvolvimento pessoal e profissional. Colaboradores buscam empresas que ofereçam desafios, que invistam em treinamento e desenvolvimento, e que promovam uma cultura de feedback construtivo.
Se percebem uma estagnação, a tendência é procurar por organizações que proporcionem um plano de carreira mais claro e oportunidades de aprendizagem contínua.
Além disso, a facilidade de acesso à informação sobre empresas e suas culturas, graças às redes sociais e plataformas de avaliação como Glassdoor, torna mais fácil para os profissionais avaliarem e decidirem por uma mudança quando identificam valores e práticas mais alinhados ao que procuram em um ambiente de trabalho.
O baixo salário como motivos de demissão para 32,5% dos entrevistados aponta para uma realidade onde a compensação financeira ainda é um fator determinante na satisfação e retenção de colaboradores.
Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, os profissionais buscam empresas que reconheçam e recompensem adequadamente suas habilidades, esforços e resultados.
Quando essa valorização não é percebida, a tendência é procurar oportunidades que ofereçam uma remuneração mais condizente com suas expectativas e necessidades.
Essa tendência nos motivos de demissão é particularmente evidente em setores e regiões onde o custo de vida é elevado e a discrepância salarial se torna mais perceptível.
Profissionais estão cada vez mais conscientes de seu valor no mercado e têm acesso a uma ampla gama de informações sobre salários e benefícios oferecidos por diferentes empresas, o que facilita a comparação e a tomada de decisão.
Além disso, a possibilidade de trabalhar remotamente abriu portas para que muitos considerem oportunidades em diferentes regiões ou até mesmo em outros países, ampliando o leque de opções e, consequentemente, aumentando a pressão sobre as empresas locais para oferecer pacotes salariais competitivos.
Outro aspecto relevante nos motivos de demissão é o reconhecimento (no caso a falta dele). Para 24,7% dos entrevistados, o salário é uma forma tangível de reconhecimento do trabalho realizado, mas é a única.
Quando um colaborador sente que seu esforço e dedicação não estão sendo adequadamente reconhecidos, isso pode gerar insatisfação e desmotivação.
A percepção de que há uma falta de equilíbrio entre o que se entrega e o que se recebe em termos financeiros pode levar a um desejo de buscar empresas que oferecem não apenas um salário mais alto, mas também um reconhecimento mais explícito do valor do colaborador.
Em um ambiente corporativo cada vez mais transparente e conectado, os colaboradores estão mais atentos e críticos em relação às atitudes e comportamentos adotados pelas empresas. A percepção de falta de ética, seja em práticas internas ou na forma como a empresa conduz seus negócios, foi um fator decisivo para 24,5% dos entrevistados que o elencaram como um dos principais motivos de demissão.
Essa preocupação é particularmente forte entre as gerações mais jovens, como Millennials e Geração Z, que valorizam muito a integridade e a responsabilidade social das empresas.
Eles buscam trabalhar em ambientes onde a ética não seja apenas um discurso, mas uma prática diária, refletida em políticas claras de respeito aos colaboradores, clientes e à sociedade em geral.
Além disso, os problemas éticos entre os motivos de demissão podem se manifestar de diversas formas dentro das empresas. Isso inclui desde práticas de gestão inadequadas, como assédio moral ou favorecimento, até questões mais amplas relacionadas à responsabilidade social e ambiental.
O ritmo acelerado, a pressão por resultados e a falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal têm contribuído para o aumento de casos de estresse, ansiedade e burnout entre os colaboradores.
Não à toa, 23% dos entrevistados destacaram o adoecimento mental como um dos principais motivos de demissão.
O estresse no trabalho pode surgir de diversas fontes, como cargas de trabalho excessivas, prazos apertados, falta de clareza nas expectativas e, em muitos casos, um ambiente organizacional que não promove o bem-estar.
A ausência de pausas regulares, jornadas extensas e a sensação constante de sobrecarga podem levar ao esgotamento mental, afetando não apenas a saúde do colaborador, mas também sua produtividade e engajamento.
O estresse relacionado ao trabalho não se limita ao excesso de tarefas, mas também à falta de reconhecimento, apoio e oportunidades de crescimento. Quando um colaborador sente que não há uma rede de suporte ou que seu esforço não é valorizado, o desgaste emocional se intensifica.
Longos trajetos, trânsito intenso e a dependência de transportes públicos lotados podem transformar a jornada diária em uma fonte de estresse e desgaste. Esse cenário se agrava em grandes centros urbanos, onde o tempo gasto no deslocamento pode comprometer não apenas o bem-estar do colaborador, mas também seu equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Na pesquisa, 21,7% dos entrevistados indicaram a dificuldade de mobilidade entre a casa e o trabalho como um dos principais motivos de demissão.
Atualmente, muitas empresas estão optando por retirar o home office como modelo oficial e forçando o retorno ao trabalho presencial. Essa mudança tem gerado resistência e insatisfação, especialmente entre aqueles que se acostumaram com os benefícios do trabalho remoto.
O retorno ao modelo presencial, sem considerar as necessidades e expectativas dos colaboradores, pode resultar em uma sensação de perda de qualidade de vida e autonomia. Além disso, a obrigatoriedade de voltar ao escritório pode ser vista como um retrocesso em termos de flexibilidade e confiança na capacidade dos funcionários de gerenciar seu tempo e tarefas.
A relação entre funcionários e suas lideranças imediatas exerce uma influência significativa no engajamento, satisfação e desempenho no trabalho.
Tanto que na pesquisa, 16,2% dos entrevistados destacaram como o principal motivo para pedir demissão.
Quando essa relação é marcada por conflitos, falta de comunicação, ou mesmo comportamentos inadequados por parte da liderança, o ambiente de trabalho pode se tornar insustentável, levando muitos a buscarem oportunidades em outras organizações.
Uma liderança ineficaz pode se manifestar de várias maneiras, como falta de feedback construtivo, microgerenciamento, ausência de apoio para o desenvolvimento profissional, ou até mesmo práticas de assédio moral.
Esses comportamentos podem gerar um ambiente de trabalho tóxico, onde os colaboradores se sentem desvalorizados, desmotivados e inseguros.
A busca por uma mudança de área como um dos motivos de demissão para 18,6% dos entrevistados reflete um fenômeno crescente no mercado de trabalho atual: a necessidade de encontrar um trabalho mais alinhado com as aspirações pessoais e profissionais.
Essa mudança de área pode ser motivada por diversos fatores. Muitos profissionais, ao ingressarem no mercado de trabalho, escolhem uma carreira com base em oportunidades imediatas, sem necessariamente refletir profundamente sobre suas paixões ou interesses a longo prazo.
Com o tempo, a experiência e a exposição a diferentes áreas de atuação, eles podem descobrir novas possibilidades que lhes parecem mais atraentes e alinhadas com seus valores ou estilos de vida.
Além disso, o avanço tecnológico e as mudanças no mercado têm criado novas profissões e áreas de especialização, oferecendo mais opções para quem deseja se reinventar profissionalmente.
Por exemplo, áreas como tecnologia, marketing digital, sustentabilidade e inovação estão em alta e atraem profissionais de diversos setores que buscam se atualizar e explorar novos horizontes.
Nos últimos anos, a busca por uma jornada de trabalho mais flexível tem se tornado uma prioridade para muitos trabalhadores, que desejam maior autonomia para gerenciar seus horários e responsabilidades fora do ambiente corporativo.
Na pesquisa, 15,7% dos entrevistados destacaram a baixa flexibilidade na jornada de trabalho como um dos principais motivos de demissão.
A rigidez nos horários de entrada e saída, a obrigatoriedade de presença física no escritório e a falta de compreensão por parte das empresas em relação às necessidades individuais são fatores que contribuem para a insatisfação e a decisão de buscar novas oportunidades.
Essa falta de flexibilidade pode ser vista como um retrocesso e uma das principais causas para os motivos de demissão, gerando frustração e insatisfação, especialmente entre aqueles que conseguiram adaptar suas rotinas para conciliar melhor o trabalho com as demandas pessoais, como cuidado com filhos, estudos ou outras atividades.
A imposição de horários rígidos e a falta de opções, como horários escalonados, trabalho remoto ou jornadas reduzidas, podem levar muitos a procurar empregos que ofereçam maior liberdade.
A necessidade de cuidar de crianças ou de outros membros da família como um dos motivos de demissão para 9,1% dos entrevistados revela uma realidade que muitos profissionais enfrentam: o desafio de conciliar responsabilidades familiares com as demandas do trabalho.
Este motivo, embora não seja o mais citado, é significativo porque ressalta a importância do apoio e da compreensão das empresas em relação às obrigações pessoais dos colaboradores.
A ausência de políticas que favoreçam essa conciliação pode levar muitos a tomarem a difícil decisão de deixar seus empregos para atender às necessidades de seus familiares.
Para reduzir o turnover e os motivos de demissão, as empresas precisam adotar uma abordagem estratégica e centrada nas necessidades dos colaboradores. Aqui estão algumas ações práticas que podem ser implementadas:
Um dos principais motivos de demissão é o baixo salário. As empresas devem revisar regularmente suas políticas de remuneração para garantir que estejam alinhadas com as médias do mercado e ofereçam pacotes de benefícios atrativos, como bônus, plano de saúde, e programas de bem-estar.
Além disso, a falta de reconhecimento é um fator de desmotivação. Criar programas de reconhecimento, como prêmios para desempenho, e valorizar publicamente as contribuições dos colaboradores pode aumentar a satisfação e o engajamento.
Muitos colaboradores deixam a empresa devido a problemas éticos ou falta de alinhamento com os valores organizacionais. É importante criar uma cultura organizacional que valorize a ética, a transparência e a inclusão. Isso inclui estabelecer e comunicar claramente os valores da empresa e implementar políticas de compliance.
Problemas com a liderança direta são uma causa comum de turnover. Investir no desenvolvimento de habilidades de liderança, como comunicação, empatia e gestão de pessoas, é essencial e ajudar a prevenir muitos dos motivos de demissão. Oferecer treinamentos para líderes pode ajudar a melhorar a relação com a equipe.
O estresse e o adoecimento mental são fatores que levam a muitos motivos de demissão. Por isso, as empresas devem criar um ambiente que apoie a saúde mental, oferecendo programas de assistência, promovendo um equilíbrio saudável entre vida profissional e pessoal, e incentivando pausas e períodos de descanso.
A falta de flexibilidade na jornada de trabalho é um dos motivos de demissão que mais reflete nos demais. Por isso, sempre que possível, oferecer opções como trabalho remoto, horários flexíveis ou jornada reduzida pode ajudar a atender às necessidades individuais dos colaboradores e melhorar a satisfação no trabalho.
Para colaboradores que enfrentam dificuldades de deslocamento, empresas podem considerar a implementação de transporte corporativo, auxílio para transporte ou mesmo a adoção de um modelo híbrido que reduza a necessidade de viagens diárias ao escritório.
Muitos profissionais procuram mudança de área por falta de oportunidades de crescimento. Oferecer planos de carreira claros, programas de treinamento e desenvolvimento, e a possibilidade de mobilidade interna pode motivar os colaboradores a permanecerem e crescerem dentro da empresa.
Manter uma comunicação aberta e transparente é fundamental, pois a falta dele reverbera em vários motivos de demissão dentro das empresas.
Dessa forma, criar canais onde os colaboradores possam expressar suas opiniões, preocupações e sugestões, e oferecer feedback regular, pode fortalecer a relação e ajudar a resolver problemas antes que se tornem motivos de desligamento.
Oferecer suporte para colaboradores que têm responsabilidades familiares, como horários flexíveis, licença parental estendida e creches internas ou parcerias com instituições de apoio, pode ajudar a conciliar trabalho e família e reduzir a necessidade de demissão.
O módulo de Gestão de Talentos do STRATWs One é a solução ideal para empresas que buscam reduzir os motivos de demissão e valorizar seus colaboradores.
Com recursos para criar e acompanhar planos de carreira, ele ajuda a identificar oportunidades de crescimento dentro da empresa, mantendo os funcionários motivados e alinhados com os objetivos organizacionais.
Além disso, oferece ferramentas para feedback e avaliação de desempenho, promovendo uma comunicação aberta e reconhecimento contínuo, elementos fundamentais para a satisfação e retenção de talentos.
Além disso, o módulo facilita o desenvolvimento de líderes eficazes e a gestão do clima organizacional, permitindo que a empresa identifique e resolva rapidamente áreas de insatisfação. Com o monitoramento de indicadores-chave de satisfação e engajamento, o STRATWs One oferece insights valiosos para a tomada de decisões estratégicas.
Levando pessoas e empresas mais longe.
A Siteware
Aprenda
Sua parceira de tecnologia para te conectar com o que realmente importa.
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |