No período pós-Segunda Guerra Mundial, o Japão estava devastado, enfrentando enormes desafios econômicos e sociais. A necessidade de reconstruir a economia e reposicionar o país no cenário global era urgente. Foi nesse contexto que W. Edwards Deming, um renomado estatístico e consultor americano, desenvolveu os 14 princípios de Deming que viriam a revolucionar a gestão e a qualidade nas empresas japonesas.
Esses princípios, detalhados no livro “Saia da Crise“, publicado em 1982, não apenas ajudaram o Japão a se reerguer como uma potência econômica, mas também mudaram para sempre a maneira como as organizações ao redor do mundo entendem a gestão da qualidade.
Continue a leitura deste conteúdo que eu te explico tudo sobre os 4 princípios de Deming, que mesmo nos dias de hoje são super atuais! Confira!
Os 14 princípios de Deming são um conjunto de diretrizes desenvolvidas por W. Edwards Deming para transformar a maneira como as empresas gerenciam a qualidade e operam seus negócios. Esses princípios são baseados na ideia de que a melhoria contínua e a inovação são essenciais para o sucesso a longo prazo de qualquer organização.
Dessa forma, eles são uma filosofia de gestão que busca integrar todas as partes de uma empresa em um esforço conjunto para melhorar processos, produtos, e serviços.
Assim, os 14 princípios de Deming representam uma abordagem sistêmica para a gestão de qualidade, que enfatiza a importância de entender a organização como um todo, onde todas as partes estão interligadas e impactam umas às outras.
Em vez de focar apenas em melhorias pontuais ou em resolver problemas isolados, esses princípios promovem uma transformação cultural dentro das empresas. Eles incentivam os líderes e gestores a adotar uma visão de longo prazo, a se comprometerem com a qualidade em todas as suas atividades e a engajar todos os funcionários no processo de melhoria contínua.
Os princípios de Deming abordam temas como a importância da liderança, a constância de propósito, a eliminação de barreiras entre departamentos e a necessidade de treinamento e educação contínuos. Eles também desafiam práticas comuns, como a dependência excessiva de inspeções e a utilização de metas numéricas sem considerar os processos por trás delas.
Os princípios de Deming formam um guia abrangente para qualquer organização que deseja melhorar sua qualidade e eficiência de maneira sustentável.
A seguir, eu os apresento para você, confira:
O primeiro dos princípios de Deming destaca a necessidade de as empresas terem um objetivo claro e constante que guie todas as suas ações e decisões. A constância de propósito significa que todos na organização devem estar alinhados com a missão de melhorar continuamente seus produtos e serviços.
Isso requer um compromisso de longo prazo com a inovação e a qualidade, em vez de focar apenas nos lucros de curto prazo. A empresa deve investir em pesquisa, educação e melhoria dos processos, sempre com o objetivo de entregar mais valor aos seus clientes.
Deming argumenta que as empresas precisam abraçar uma nova forma de pensar, abandonando práticas obsoletas e aceitando a necessidade de uma mudança profunda.
Essa nova filosofia envolve adotar uma mentalidade de melhoria contínua, onde a qualidade é priorizada em todas as áreas da empresa. Isso inclui a disposição de aprender com os erros, promover uma cultura de inovação e evitar a complacência.
A empresa deve se adaptar rapidamente às mudanças no ambiente de negócios, sempre com foco na qualidade e na satisfação do cliente.
O terceiro dos princípios de Deming, ele critica a prática de depender excessivamente e exclusivamente da inspeção para garantir a qualidade dos produtos.
Em vez disso, ele propõe que a qualidade seja incorporada desde o início do processo de produção. Isso significa que os processos devem ser bem projetados e controlados para evitar a ocorrência de defeitos, ao invés de tentar corrigi-los depois.
A inspeção em massa é vista como uma forma ineficiente de garantir a qualidade, pois muitas vezes só identifica problemas depois que eles já ocorreram. A ideia é prevenir, não remediar.
Aqui, Deming defende que as empresas devem abandonar a prática de escolher fornecedores com base apenas no menor preço. Em vez disso, elas devem estabelecer parcerias de longo prazo com fornecedores que ofereçam qualidade consistente.
A compra pelo menor preço pode levar a problemas de qualidade, que acabam gerando custos maiores a longo prazo. O foco deve estar na construção de relacionamentos sólidos com fornecedores que compartilhem o compromisso com a qualidade e a melhoria contínua.
Este princípio é o coração da filosofia de Deming: a melhoria contínua. A empresa deve estar em constante busca de formas de aprimorar seus processos, produtos e serviços.
Isso envolve a identificação de gargalos, eliminação de desperdícios e a busca por eficiência em todas as operações. A melhoria contínua não é um esforço isolado, mas uma cultura que deve permear toda a organização, desde a alta gestão até o chão de fábrica.
O sexto dos princípios de Deming, ele enfatiza a importância do treinamento contínuo para que os funcionários possam desempenhar suas funções de maneira eficaz.
O treinamento adequado é crucial para garantir que todos os funcionários entendam os processos e padrões de qualidade da empresa. Além disso, o treinamento deve ser contínuo para acompanhar as mudanças nos processos e tecnologias.
Funcionários bem treinados são mais capazes de contribuir para a melhoria contínua e de evitar erros que possam comprometer a qualidade.
Liderança, para Deming, não se trata apenas de supervisionar, mas de guiar e apoiar os funcionários no seu trabalho.
Nos princípios de Deming, os líderes devem criar um ambiente que facilite a melhoria contínua, removendo barreiras que impedem o progresso e fornecendo os recursos necessários para que os funcionários possam executar suas tarefas com excelência.
A liderança eficaz envolve ouvir os funcionários, entender suas necessidades e ajudá-los a desenvolver suas habilidades, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade e a produtividade.
Deming destaca que o medo no ambiente de trabalho impede que os funcionários sejam produtivos e inovadores. Nos princípios de Deming, quando os funcionários têm medo de errar ou de serem punidos, eles tendem a esconder problemas ou a evitar assumir riscos que poderiam levar à inovação.
É essencial criar uma cultura onde os erros sejam vistos como oportunidades de aprendizado e onde os funcionários se sintam seguros para contribuir com ideias e sugestões. A confiança mútua entre a liderança e os funcionários é fundamental para criar um ambiente de melhoria contínua.
Deming observa que muitas empresas sofrem com a falta de comunicação e colaboração entre os diferentes departamentos.
Essas barreiras podem levar a ineficiências, falta de alinhamento e perda de oportunidades de melhoria.
Os departamentos devem trabalhar em conjunto, compartilhando informações e conhecimentos para alcançar os objetivos comuns da organização.
A colaboração interdisciplinar é vital para a inovação e para a resolução de problemas complexos.
No décimo dos princípios de Deming, ele critica o uso de slogans e metas numéricas, que muitas vezes são desconectados da realidade dos processos e podem criar pressão desnecessária sobre os funcionários.
Em vez disso, ele defende que a empresa deve focar em melhorar os processos que levam ao cumprimento das metas.
Metas numéricas que não consideram as condições de trabalho e os processos envolvidos podem levar a comportamentos contraproducentes, como a manipulação de dados ou a redução da qualidade para atingir números.
Semelhante ao princípio anterior, Deming argumenta que as cotas e metas de produção podem ser prejudiciais se não forem baseadas em uma compreensão profunda dos processos.
Ele sugere que a ênfase deve estar em melhorar os processos para que os resultados desejados sejam alcançados de maneira natural, sem a necessidade de impor cotas que podem levar à redução da qualidade ou ao esgotamento dos funcionários.
Deming reconhece que muitas vezes as práticas de gestão impedem que os funcionários sintam orgulho de seu trabalho.
Isso pode ocorrer devido a avaliações de desempenho injustas, falta de reconhecimento, ou processos mal projetados.
Nos princípios de Deming, é importante que as empresas criem um ambiente onde os funcionários possam se orgulhar do que fazem, onde seus esforços sejam reconhecidos e onde eles tenham a autonomia necessária para realizar suas tarefas de forma eficaz.
Deming acredita que a educação e o auto aperfeiçoamento contínuos são essenciais para o sucesso a longo prazo de uma empresa.
Os funcionários devem ser incentivados a desenvolver novas habilidades e a expandir seus conhecimentos, tanto para seu próprio benefício quanto para o benefício da organização.
Um programa robusto de educação contínua ajuda a criar uma força de trabalho mais competente e capaz de enfrentar os desafios futuros.
O último dos princípios de Deming é um chamado para a ação coletiva. A transformação rumo à melhoria contínua e à excelência na qualidade requer o envolvimento de todos na organização, desde a alta direção até os funcionários de base.
Todos devem estar comprometidos com a mudança e trabalhar em conjunto para implementar os princípios de Deming. Isso requer uma liderança forte, comunicação clara e uma cultura organizacional que valorize a colaboração e a melhoria contínua.
Com o STRATWs One, é possível acompanhar e gerenciar a execução de planos estratégicos, garantindo que todas as áreas da empresa estejam alinhadas com os objetivos de longo prazo e comprometidas com a melhoria contínua, conforme os princípios de Deming.
A plataforma permite que as organizações identifiquem e eliminem gargalos, promovam a colaboração entre departamentos e estabeleçam uma cultura de inovação e qualidade.
Além disso, o STRATWs One facilita a liderança eficaz e a tomada de decisões baseadas em dados, ao fornecer ferramentas para monitorar indicadores-chave de desempenho (KPIs) e realizar análises de causa raiz. Isso permite que os líderes identifiquem problemas antes que eles se tornem críticos, incentivando uma abordagem proativa na gestão de qualidade.
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