É verdade que em 2020, ano em que começou a pandemia, muitas empresas voltaram os seus olhos para o bem-estar para os colaboradores, que precisavam de ajuda. É claro que nem todas foram por esse caminho, no entanto, muitas se preocuparam de verdade, já que perder muitos profissionais poderia ser um verdadeiro desastre. No entanto, desde o fim da pandemia, temos visto muitas empresas manterem um falso discurso de bem-estar, que está ficando conhecido como carewashing.
O termo “carewashing” surgiu para descrever um fenômeno em que empresas fingem se preocupar com o bem-estar dos colaboradores, enquanto, na verdade, mantêm práticas que prejudicam sua saúde física e mental.
Uma pesquisa recente da Gallup revelou que a porcentagem de funcionários que concordam que sua empresa se preocupa com seu bem-estar geral caiu drasticamente de 49% em 2020 para apenas 21% em 2024.
Essa mudança é perceptível no aumento das cobranças excessivas, metas inatingíveis e o retorno de uma cultura de trabalho tóxica. Apesar das iniciativas superficiais para mostrar que se preocupam, os colaboradores estão cada vez mais conscientes da falta de substância por trás dessas ações.
Carewashing se refere à prática de empresas que fingem se preocupar com o bem-estar de seus colaboradores por meio de ações superficiais, enquanto, na realidade, negligenciam a saúde física e mental dos colaboradores.
O termo carewashing é uma combinação das palavras “care” (cuidado) e “washing” (lavagem), sendo inspirado em termos semelhantes como “greenwashing“. Ele apareceu pela primeira vez em um artigo publicado pela Harvard Business Review em junho de 2024.
De acordo com o artigo da Harvard Business Review, carewashing é uma tática usada por empresas para projetar uma imagem de cuidado e preocupação com os funcionários, sem implementar políticas ou práticas reais que promovam um ambiente de trabalho saudável e sustentável.
Dessa forma, o carewashing é uma forma de marketing que visa melhorar a reputação da empresa e atrair talentos, sem realmente investir no bem-estar dos colaboradores.
Alguns exemplos bem comuns de carewashing que podemos ver por aí são empresas que destacam benefícios como mesas de sinuca, frutas gratuitas e espaços de descanso, mas que não proporcionam suporte adequado à saúde mental ou políticas de flexibilidade no trabalho.
Ou ainda organizar eventos pontuais de bem-estar, como semanas de saúde, sem integrar essas iniciativas em uma estratégia contínua de cuidado com os funcionários.
No cenário competitivo de hoje, atrair e reter talentos de alta qualidade é um desafio constante para as empresas. Com a crescente valorização do bem-estar no ambiente de trabalho, as empresas sentem a necessidade de mostrar que estão comprometidas com a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores.
No entanto, em vez de investir em mudanças profundas e sustentáveis, muitas empresas optam por ações superficiais que são mais fáceis e rápidas de implementar.
Além disso, como a reputação de uma empresa é um ativo valioso que pode influenciar diretamente suas operações e seu sucesso. Empresas que se posicionam como preocupadas com o bem-estar dos colaboradores podem ganhar uma imagem positiva tanto no mercado de trabalho quanto junto aos consumidores.
Assim, o carewashing se torna uma ferramenta de marketing para criar essa imagem positiva (mesmo que provisória) sem o esforço e os custos associados a mudanças reais e profundas na cultura organizacional.
As organizações que optam por “seguir um caminho mais fácil” acaba encontrando diversos problemas para ele a médio e longo prazo, dentre eles:
Quando os colaboradores percebem que as ações de bem-estar promovidas pela empresa são apenas fachada, eles podem se sentir desvalorizados e enganados.
Isso pode levar a uma queda na motivação e no engajamento, pois os profissionais não se sentem verdadeiramente apoiados pela organização. Dessa forma, a alienação resultante pode reduzir a produtividade e aumentar o absenteísmo.
Empresas que praticam carewashing frequentemente enfrentam altas taxas de rotatividade (turnover). Funcionários descontentes e desmotivados tendem a procurar oportunidades em outras empresas que ofereçam um ambiente de trabalho mais genuíno e saudável.
Além disso, a alta rotatividade pode ser dispendiosa, tanto em termos de custos diretos de recrutamento e treinamento quanto de perda de conhecimento e experiência.
Outro ponto importante é que o carewashing pode desgastar a confiança entre empresa e colaboradores. Isso porque quando as promessas de bem-estar não são cumpridas, a credibilidade da liderança é colocada em questão.
Como a confiança é fundamental para a colaboração e a coesão da equipe, a sua perda pode dificultar a implementação de futuras iniciativas, mesmo aquelas que são genuínas.
No mundo interconectado de hoje, a reputação de uma empresa é rapidamente construída e destruída.
Práticas de carewashing podem levar a críticas públicas e negativas nas redes sociais, fóruns de discussão e plataformas de avaliação de empregadores, como o Glassdoor.
Um dano à reputação pode afetar não só a capacidade de atrair talentos, mas também a percepção dos clientes e parceiros de negócios.
Em um mercado de trabalho competitivo, empresas conhecidas por carewashing podem enfrentar dificuldades para atrair e reter talentos qualificados.
Profissionais talentosos procuram empresas que oferecem um ambiente de trabalho genuinamente saudável e apoiador.
A má reputação resultante do carewashing pode afastar candidatos potenciais, prejudicando a capacidade da empresa de construir equipes fortes e eficazes.
Para evitar o carewashing e promover um ambiente de trabalho verdadeiramente saudável e comprometido com o bem-estar dos colaboradores, as empresas devem adotar práticas autênticas e sustentáveis. Aqui estão algumas estratégias para alcançar isso:
Em vez de focar em benefícios superficiais, como mesas de sinuca ou snacks gratuitos, as empresas devem investir em políticas que realmente impactem o bem-estar dos funcionários.
Isso pode incluir programas de saúde mental, horários de trabalho flexíveis, licenças remuneradas, apoio à parentalidade e outras iniciativas que promovam um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.
Os colaboradores estão na melhor posição para identificar suas próprias necessidades e desafios.
Realizar pesquisas de satisfação, criar grupos de discussão e promover canais abertos de comunicação pode ajudar a empresa a entender o que realmente importa para seus funcionários.
A participação ativa dos colaboradores na criação e implementação de políticas de bem-estar garante que as iniciativas sejam relevantes e eficazes.
Os líderes e gestores devem ser treinados para reconhecer e apoiar as necessidades de bem-estar dos seus times. Isso inclui desenvolver habilidades de empatia, comunicação eficaz, e gestão de estresse.
Líderes bem treinados podem criar uma cultura de apoio e cuidado genuíno, sendo modelos de comportamento positivo.
É importante que as empresas estabeleçam métricas para medir o bem-estar dos colaboradores e monitorar regularmente esses indicadores.
Isso pode incluir índices de satisfação no trabalho, níveis de estresse, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, entre outros.
Monitorar esses dados permite que a empresa ajuste suas políticas e intervenções conforme necessário.
Manter uma comunicação aberta e transparente é crucial para construir confiança. As empresas devem ser claras sobre suas políticas de bem-estar, os recursos disponíveis e as ações que estão sendo tomadas para melhorar o ambiente de trabalho. Isso inclui compartilhar resultados de pesquisas de satisfação e feedback dos colaboradores, bem como os planos de ação decorrentes desses resultados.
A saúde mental é uma área crítica que muitas vezes é negligenciada. As empresas podem oferecer suporte por meio de programas de assistência ao empregado (PAE), sessões de terapia, workshops de mindfulness, e treinamentos de resiliência.
Criar um ambiente onde falar sobre saúde mental não seja um tabu é essencial para o bem-estar geral dos colaboradores.
O STRATWs One é uma plataforma de gestão estratégica completa que oferece diversas ferramentas para ajudar as empresas a implementar práticas eficazes de bem-estar, evitando o carewashing e promovendo uma cultura organizacional autêntica e sustentável.
O módulo oferece ferramentas para avaliações de desempenho 360°, que consideram o feedback de múltiplas fontes, incluindo autoavaliação, avaliação de pares e de gestores. Esse processo abrangente garante uma visão completa e justa do desempenho do colaborador, facilitando conversas construtivas sobre desenvolvimento e crescimento.
Além disso, os PDIs permitem que os colaboradores e seus gestores criem planos personalizados de desenvolvimento, alinhados aos objetivos pessoais e profissionais de cada indivíduo.
Esses planos ajudam a identificar necessidades de treinamento, oportunidades de crescimento e metas de carreira, promovendo um desenvolvimento contínuo e significativo.
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